O HisTOOrias é um projeto que propõe uma alternativa metodológica para o ensino de história, a partir da Educação Patrimonial. A intenção é a divulgação e popularização da história local por meio da linguagem digital disposta nos Lugares de Memórias e monumentos de cidade, proporcionando o diálogo entre o saber escolar, as memórias coletivas e os espaços públicos.
Esta rua é um dos locais tombados como Patrimônio Histórico de Toledo (Decreto 140/2005).
Foi uma das primeiras ruas da cidade e abrigou a primeira Igreja, primeira escola, o Hospital São Paulo, o primeiro armazém da Colonizadora Maripá e a Casa Paroquial.
Rua 7 de setembro em 1950. Vê-se a primeira igreja, o Hospital São Paulo e o Colégio das Irmãs
Foi uma das primeiras a receber pavimentação com pedras irregulares, entre 1956 e 1960.
Rua 7 de setembro, entre a Rui Barbosa e Av. São João – 1950. Vê-se o Bar Antártica, Foto Clivatti, Empório Toledo e Escritório da Maripá
A pavimentação original ainda é mantida em um trecho da via, resguardando parte da história no Município.
É o único trecho com pavimentação em pedras irregulares ainda existente em Toledo.
Em 2016 passou por um processo de revitalização, mantendo a área central com o calçamento original.
Projeto de revitalização – 2016
Rua 7 de setembro em 1950. Vê-se a primeira igreja, o Hospital São Paulo e o Colégio das Irmãs
Rua 7 de setembro, esquina com a Barão do Rio Branco – Déc. de 1950
Rua 7 de setembro com a barão do Rio Branco – Déc. de 1950. Vê-se pré
Duque Hotel. Rua 7 de setembro esq. com Com. Bonfim
Rua 7 de setembro – 1962
Rua 7 de setembro com a Barão do Rio Branco – 1950. Escritório da Colonizadora Maripá e Agência onde funcionou o Banestado
Café Imperial. Rua 7 de setembro com Rui Barbosa. – Dec. de 1950
Vista parcial da rua 7 de setembro – 1962
Rua 7 de setembro, entre a Rui Barbosa e São João. Vê-se a primeira Igreja Católica – 1954
Rua 7 de setembro – 1955. Procissão religiosa
Rua 7 de setembro defronte a Praça Willy Barth
Rua 7 de setembro, entre a Rui Barbosa e Av. São João – 1950. Vê-se o Bar Antártica, Foto Clivatti, Epório Toledo e Escritório da Maripá
Este monumento estava exposto no Lago Municipal Diva Paim Barth, sendo transferido posteriormente para o Lago dos Pioneiros, que fora inaugurado no aniversário de 50 anos da cidade
O Locomóvel era uma máquina à vapor, utilizada para gerar força motriz à outras máquinas e ferramentas.
Para funcionar queimava-se madeira, esquentando a caldeira. O vapor produzido empurrava os pistões fazendo com que o braço empurrasse a polia, produzindo o movimento necessário para movimentar outras máquinas.
Ficou conhecida como “locomotiva de estrada”, muito usada para movimentar cargas pesadas, arar o solo e produzir energia mecânica.
Os locomóveis tornaram-se popular nos países industrializados a partir de 1850, quando os primeiros motores a vapor com autopropulsão foram desenvolvidos para fins agrícolas.
Em Toledo, durante a colonização, foi muito utilizado nas olarias e serrarias para movimentar outras máquinas.
Os locomóveis revolucionaram a agricultura e o transporte rodoviário, em uma época em que a única alternativa disponível para a realização de trabalho era o cavalo.
Essas turbinas eram parte da primeira usina Hidrelétrica de Toledo.
A Usina Carlos Mathias Aloysio Becker foi inaugurada em 1956, aproveitando-se o potencial do Rio São Francisco, a 7 km da sede da cidade.
Ela forneceu energia para a cidade até a década de 1970, quando a Copel passou a oferecer o serviço.
Antes da construção da usina, a energia era fornecida por um gerador com motor a diesel, apenas das 6:30 até as 22 horas
Vista parcial da turbina e casa de máquinas, em 1956
A construção da Usina só foi possível após os moradores de Toledo emprestarem dinheiro à Prefeitura, que emitiu títulos da dívida pública a serem resgatados em sorteios nos anos posteriores.
Sua construção demorou 3 longos anos. A geração de energia iniciou-se no dia 2 de junho de 1956, quando a cidade iluminou-se.
O projeto contava com dois conjuntos de geradores. Um de 600 KVA e outro de 300 KVA.
Vista frontal da barragem da Usina em Toledo.
Turbinas da Casa das Maquinas.
Turbinas da Casa das Maquinas.
Apólice recebida pelas pessoas que emprestaram dinheiro à Prefeituras para a construção da usina.
A barragem construída ainda existe. Sobre ela passa a ponte do rio São Francisco, na estrada que leva ao Clube Caça e Pesca.
Foi desativada no começo dos anos 1980, após parte de sua estrutura ficar parcialmente destruída devido a uma enchente.
O nome é em homenagem a Carlos Mathias Aloysio Becker, que foi um dos principais envolvidos em sua implementação. Carlos faleceu antes de vê-la funcionar.
O Marco Zero demarca o local onde os primeiros desbravadores de Toledo desembarcaram, em 27 de março de 1946.
O monumento foi edificado em 2004, homenageando os fundadores do Município.
Nesta área havia uma pequena área desmatada, conhecida anteriormente como “Pouso Toledo”, ao lado do rio.
Foi aqui que, após 38 dias de viagem, a caravana com 14 viajantes que vinham de São Marcos – RS, instalou acampamento com lonas às margens do rio Toledo.
Neste espaço foram construídas as três primeiras habitações da cidade.
Primeiras casas de Toledo – 1946Casa à margem do rio Toledo – 1946Propaganda da Colonizadora Maripá
O espaço foi projetado ainda em 1947, quando houve a definição da área urbana da Vila Toledo. O traçado inicial das ruas já reservava o espaço da praça.
O nome original da praça era Barão do Rio Branco, sendo renomeada em 1962 para homenagear o pioneiro Willy Barth, após seu falecimento.
Foi sempre o palco de importantes eventos e festividades cívicas e religiosas da cidade.
Foi nela que Toledo recebeu uma de suas primeiras atrações de entretenimento, o Circo Ginoca.
À noite a aos finais de semana o local era ponto de encontro jovens, principalmente após a celebração das missas e sessões de filmes no Cine Imperial e Teatro Guarani.
A praça passou por uma grande remodelação em 2007, quando foram instalados diversos monumentos históricos, como o “BUSTO DE WILLY BARTH”, “MONUMENTO AOS RUARO” e inúmeros totens com fotografias e informações históricas.
Vista da Praça Willy Barth, em 1968. Ao fundo a Catedral Cristo Rei
BUSTO DE WILLY BARTH – Clique para informações
MONUMENTO AOS RUARO – Clique para saber mais
Foi o ponto dos acontecimentos políticos, civis e religiosos. Desfiles cívicos, carnaval, local de encontro, ponto de lanche, local que marcou a época de juventude da nossa geração. (Bassani)
Recém chegado a Toledo achei na praça um lugar aconchegante que faz parte da história de Toledo. Até hoje transmite paz e tranquilidade em pleno centro da cidade! (Marcos)
Praça Willy Barth, ao lado da Rua 7 de setembro – 1962
Vista aéra da Praça Willy Barth – 1957
Vista da Praça Willy Barth, em 1968. Ao fundo a Catedral Cristo Rei
MONUMENTO AOS RUARO – Clique para saber mais
BUSTO DE WILLY BARTH – Clique para informações
Centro histórico de Toledo, local onde ficava situada a imobiliária de minha família e onde aconteceram eventos culturais de grande importância em minha infância e juventude. Também havia alguns estabelecimentos comerciais que frequentava muito, como o kiosque do Sukinho, da família Barros, o Salão Brasil, o Sindicato Rural, a biblioteca Municipal, a galeria Maurício, o Cachorrão, do Jânio e o Bar e Lanchonete Capri, da dona Elma Friedrich. (Rodrigo Prieznitz)
MONUMENTO AOS RUARO – Clique para saber mais
Vista da Praça Willy Barth, em 1968. Ao fundo a Catedral Cristo Rei
Vista aéra da Praça Willy Barth – 1957
Praça Willy Barth, ao lado da Rua 7 de setembro – 1962
BUSTO DE WILLY BARTH – Clique para informações
A praça sempre foi palco da luta de Movimentos Sociais e trabalhistas. Consagrou-se como o principal ponto de encontro de movimentos de professores, funcionários públicos, bancários e movimento estudantil.
Ela continua sendo o local de grandes festividades e encontros familiares, em especial nas comemorações de final de ano, onde sedia a “casa do Papai Noel”.
O Memorial do Pioneiro Colonizador foi inaugurado em 2012, e é uma homenagem aos primeiros habitantes da cidade, quando ainda pertencia ao Município de Foz do Iguaçu.
Os totens localizados no Largo São Vicente de Paulo, registram os nomes dos que chegaram, nasceram ou se fixaram em Toledo entre os anos de 1946 a 1952.
São 24 placas com aproximadamente 2.800 nomes.
A pesquisa dos nomes foi feita por uma comissão que analisou documentos existentes no Museu Willy Barth, de Toledo.
Durante a viagem. Pausa para o almoço.
Os primeiros colonizadores (pioneiros) chegaram à cidade em 1946, após 38 dias de viagem desde a região de São Marcos – RS
Colonizada pela Colonizadora Madeireira Paraná (MARIPÁ), os primeiros lotes urbanos e rurais foram postos à venda em 1951.
Os lotes tinham em média 25 hectares, evitando a criação de latifúndios durante a colonização.
Toledo – 1947
Os lotes, em faixas alongadas, foram todos planejados com a frente para a estrada e os fundos para a água.
O projeto da Maripá pretendia povoar a área com agricultores adaptáveis ao clima da região.
Os primeiros imigrantes foram, em sua grande maioria, provenientes do Rio Grande do Sul, de origem italiana ou alemã.
Vários outros imigrantes eram de origem paraguaia, remanescentes das obrages. Foram muito importantes no auxílio às obras de infraestrutura inicial da cidade.
Trabalhadores paraguaios – 1950
Segundo o Plano de Colonização da MARIPÁ (1946) os imigrantes deveriam ser habituados com a criação de suínos, fabricação de manteiga e de queijo, cultivo de milho, batatas, trigo, fumo, arroz.
A reprodução da “vida colonial” figurava como elemento central na representação dos migrantes. Se na vila era importante que houvesse a igreja/paróquia, a escola, o mercado, o correio, o banco (etc.), na propriedade rural era indispensável o arado, a enxada, a foice, o facão, o machado
Apesar das dificuldades, a receptividade em Toledo era festiva, devido ao clima de familiaridade estabelecido entre os imigrantes.
Festejos de final de ano – 1950
Motoristas da Colonizadora MARIPÁ – 1950
Hotel Maripá. Rua Rui Barbosa – 1950
Toledo – 1947
Criação de porcos. Propriedade de Albino Toretta – 1951
Trabalhadores paraguaios – 1950
Troleiros em frente a Prefeitura – 1950
Caça e pesca. Final da déc. 1940
Mecânica Toledo. Av. Tiradentes – 1950
Hotel Oeste. Av. Maripá – 1950
Caravana de compradores de terras – 1950
Motoristas da Colonizadora MARIPÁ – 1950
Moradores de Toledo, em frente à primeira Prefeitura – 1952
O Memorial Itália recria algumas colunas romanas, a fim de homenagear a colônia italiana de Toledo.
Grande parte dos primeiros habitantes de Toledo eram de origem italiana, dando importante contribuição cultural à cidade.
Há 130 anos os primeiros imigrantes italianos chegaram ao sul do país. Muitos de seus descendentes, mais tarde, seguiram para outros estados, entre eles alguns que fundaram Toledo, em 1946.
Em 1875, originou-se a Colônia Caxias, de um grupo de colonos italianos, a princípio sediados em um núcleo colonial aos fundos da Nova Palmeira. A tradição os consagra como pioneiros de sua ocupação e compradores de lotes em Caxias, de onde saíram os fundadores de Toledo, da localidade de São Marcos.
Casa à margem do rio Toledo – 1946
A chegada dos primeiros desbravadores em Toledo aconteceu em 27 de março de 1946, quando a primeira caravana trouxe os descendentes de italianos do município gaúcho de Caxias do Sul, mais especificamente da localidade de São Marcos, hoje município.
Na primeira metade da década de 1960 o número (e a composição étnica) de habitantes das “colônias agrícolas” fundadas sobre a antiga Fazenda Britânia era de 59.200 pessoas no total, das quais 32.260 eram de “origem italiana”